A cobra é tão pavorosa,
Quando aparece, sempre atordoa,
A estória é contada em versos e prosas,
Seu João já viu, despescando uma camboa.
Disse um pescador: A bicha é um horror!
Sua grossura é de um tambor,
Seu comprimento, o qual viu ligeiro,
É semelhante ao de um meritizeiro.
Tanto exagero, pode ser que seja,
Mas o que o caboclo quer saiba com certeza,
É contar a grandeza da Amazônia brasileira,
Mas à medida que o "progresso" expande,
Os rios são fechados por grandes barragens,
O caboclo migra para as cidades,
Peixes não existem mais, nem cobra grande.
Está morrendo assim, a lenda e a tradição,
Tudo tudo isso em nome da "civilização".
Muito bom professor... Quem sabe um concurso de poesia na escola sobre essa temática e depois um livro com as melhores... Acredito que o seu poema será o primeiro do livro. Parabéns, essas discussões são ótimas para serem feitas em sala. Você já usou seu poema para iniciar uma aula?
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